Artigo publicado no Povo Livre

Ruído não faz bem à saúde

O acto eleitoral do próximo dia 5 de Junho é um dos mais importantes do nosso regime democrático e aos cidadãos é apenas colocada uma opção: ou votar em Pedro Passos Coelho e num projecto de mudança que devolva ao País a confiança e a esperança num futuro melhor ou votar em José Sócrates para que a ruína nacional em que estamos continue a tornar a vida dos Portugueses ainda mais insuportável.
A afirmação é de Carlos Abreu Amorim e foi proferida, em Ponte de Lima, perante centenas de militantes e de simpatizantes que participavam num jantar de apresentação dos candidatos do PSD a deputados na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo.
Segundo o cabeça-de-lista, quem estiver contente com a actual situação em que Portugal se encontra, fruto da incompetência e dos sucessivos erros do Governo que geraram a destruição do tecido empresarial nacional e provocaram mais de 700 mil desempregados, deverá votar em José Sócrates.
Quem, por sua vez, desejar um novo rumo para o País, em que a aposta num Plano de Emergência Nacional para acudir aos mais necessitados e a implementação de condições favoráveis ao desenvolvimento económico e à criação de postos de trabalho são as grandes prioridade, então deve votar em Pedro Passos Coelho.
Na sua intervenção, Carlos Abreu Amorim fez ainda questão de denunciar a máquina de propaganda socialista que não tem qualquer pudor em usar o erário público e o próprio Estado para fazer campanha partidária.
Os Ministros e os Secretários de Estado do Governo de José Sócrates vieram mais vezes ao Distrito de Viana do Castelo nas últimas três semanas do que provavelmente nos últimos três anos.
E fizeram-no – sublinhou Carlos Abreu Amorim – da forma mais lamentável que se pode imaginar, pois vieram agora prometer, mais uma vez, obras que já deveriam ter realizado nos últimos seis anos e lançar primeiras pedras quando sabem que o País está numa tal situação financeira que corria o risco – não fora a intervenção externa – de não ter dinheiro para pagar os salários e as pensões.
No jantar/convívio usaram ainda da palavra os Presidentes da JSD e do PSD de Ponte da Lima, Manuel Trigueiro (número quatro da lista de candidatos, oriundo do concelho limiano) e Eduardo Teixeira, Presidente da Distrital do Alto Minho.
Comum a todas as intervenções foi o apelo à mobilização de todos os militantes e simpatizantes, a fim de que a mensagem e o projecto do PSD cheguem ao conhecimento de todos ao Alto-minhotos.
A situação em que os Socialistas puseram o País é de tal forma desastrosa que, no dia 5 de Junho, ninguém se poderá abster das suas responsabilidades e deixar que sejam os outros a decidir por si.

O Governo do Partido Socialista está a usar os meios do Estado para promover iniciativas de mera propaganda eleitoral.

A promiscuidade é de tal ordem que já nem se percebe quando se está perante um membro do Governo ou um candidato a deputado.

O Alto Minho assiste, hoje, a mais um acto de campanha eleitoral de mais um Secretário de Estado, pago com dinheiro de todos os contribuintes.

Fernando Medina, cabeça-de-lista do Partido Socialista pelo Distrito de Viana do Castelo, reúne, no mesmo dia, com representantes empresários locais em iniciativas de campanha eleitoral e participa em inaugurações e apresentação de projectos futuros.

Aliás, não deixa de ser curioso e profundamente lamentável o facto de o nosso Distrito ter sido mais visitado por membros do Governo nos dez quinze dias do que nos últimos seis anos.

Trata-se de mais um exemplo da promiscuidade existente entre o exercício de funções públicas e a máquina do Partido Socialista que não olha a meios nem manifesta o mais pequeno pingo decoro na utilização dos dinheiros públicos.

Definitivamente, dão mostras que não estão à altura das suas responsabilidades enquanto candidatos. Tal como não estiveram enquanto governantes, lançando o País numa crise de que não há memória.

Viana do Castelo, 19 de Maio de 2011.