Cada um de nós avaliará dos caminhos da Governação do País e também da CIM, segundo os parâmetros que entender mais correctos, podendo considera-los normais, desconformes, passíveis de correcção, difíceis ou como lhe parecer, mas nunca poderá deixar de pensar no ponto de partida, nas causas que nos levaram ao estado actual e quem foram os actores em exercício e só depois poderá tirar conclusões.
Dizer que estamos confortáveis com a situação actual, não poderemos dizer, dizer que a culpa é deste ou daquele é simplista demais, porque culpados há muitos, o que poderemos afirmar é que não podem aqueles que foram "os verdadeiros coveiros" fugir às responsabilidades e atirar com o fardo das culpas para quem agora tenta encontrar formas de superar as dificuldades!Obriga-me o "bom senso" a não me alongar em mais considerações, sabendo, como sei, que nem tudo vai bem e que se impõem algumas correcções, aqui e ali, de modo a reencontrar o equilíbrio e a responder às necessidades e aos anseios de Portugal e dos Portugueses, o que espero venha a acontecer.
Senhor Presidente,Já que estou no uso da palavra, deixem que aproveite este momento para uma palavra de aplauso às iniciativas que a Comissão Executiva tem promovido no sentido de debater as questões que se colocam no âmbito do nosso desenvolvimento- Alto Minho, desafio 2020 - .
É realmente importante prepararmos o futuro na base de uma construção sólida e realista, baseada no conhecimento da nossa realidade e das nossas potencialidades e na perspectiva de um desenvolvimento integrado e abrangente do todo do nosso território do Alto Minho, sem perdermos de vista aquilo que se passa ao nosso lado, na vizinha Galiza, ou, no outro extremo, por terras do Porto e Braga!
Uma nota no entanto, para dizer-lhes que se os encontros de Paredes de Coura, V. N. de Cerveira e Valença para além da qualidade se pautaram pela elegância, pela elevação, pela postura institucional de todos os intervenientes e o encerramento dos mesmos contou com a presença dos mais altos responsáveis, já o encontro de Viana do Castelo iniciou-se com duas intervenções de desabridos e deslocados ataques políticos ao Governo da Nação, completamente descontextualizados e, depois, no encerramento, os dois principais protagonistas daquele episódio primaram pela ausência, o que manifestamente criticamos pelo que tal significa de menos consideração pelos participantes e é desvalorizante do próprio encontro.
Para terminar, Senhor Presidente, e amenizando um pouco o teor do que acabo de dizer, queria manifestar alguma estranheza que o Sr. Presidente da Assembleia da CIM e também o Senhor Presidente do Conselho Executivo não tenham sido presença, ou não tenham sido presença habitual, nos grandes momentos da vivência colectiva de cada um dos nossos concelhos, como sejam as Festas Concelhias ou as Festas dos Feriados Municipais – Porquê?Não foram convidados? Então que Comunidade Intermunicipal somos nós?Uma COMUNIDADE é uma IDENTIDADE, foi assim concebida e só assim é entendível, e por isso a pergunta que deixo a V. Eas. e também a esperança que, enquanto Comunidade, caminhemos para um maior entrosamento.
Mas já agora termino com uma reflexão final: se há equipamentos colectivos, propriedade comum, ou simplesmente de uso comum, da Comunidade, será que algum dos membros pode impedir outro, de utilizar um desses equipamentos, por incompatibilidade de algum tipo de espectáculo ter sido interdito nesse outro concelho?
Disse.
Caminha, Assembleia da CIM, 21 Setembro 2012
António Roleira Marinho
Membro da CIM/PSD
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