13 de Maio de 2013

A Educação primeiro

O presente ano letivo fica assinalado pela realização de exames no 1.º ciclo do Básico. Por estes dias, cerca de 107 mil alunos do 4.º ano prestaram provas de Português e de Matemática. E, nos próximos meses, os exames prosseguirão, com outros anos de escolaridade envolvidos.

Trata-se de uma medida inscrita no Programa do Governo, que considera a generalização da avaliação externa um sinal claro da aposta prioritária numa cultura escolar baseada na promoção do trabalho, da disciplina, do rigor, da exigência, do mérito, da excelência. Porque este é o único caminho para o sucesso pessoal, profissional e cívico.

A valorização do Português e da Matemática, enquanto disciplinas estruturantes, a definição de metas de aprendizagem e ainda o alargamento do ensino profissional são outros bons exemplos da determinação com que os responsáveis estão a tratar a educação.
É verdade que a situação de emergência e de quase bancarrota em que o País se encontra tem exigido imensos sacrifícios, também neste setor. Mas também é verdade, incontornável, que o atual contexto impõe um salto qualitativo de racionalização dos recursos humanos e financeiros, colocando o desafio de se fazer mais e, porventura, com mais qualidade, ainda que com menos dinheiro.
Isto não significa por em causa a Escola Pública. Ao contrário, isto é acautelar o seu futuro. Doutra forma, irá tudo pela água abaixo! E isso é o que jamais poderá acontecer.
De facto, o presente e o futuro só podem passar por uma aposta prioritária na educação que não interessa ser vista como uma paixão, passageira como são todas as paixões, mas como um desígnio que deve mobilizar a sociedade em geral.
Nenhum povo tem futuro se não apostar na educação. Aliás, é comum dizer-se que tudo o que é gasto em educação é um investimento, a médio e a longo prazos, porque uma geração mais bem formada e informada é um valor acrescentado em qualquer sociedade.
Como mãe, como professora/educadora, como cidadã e responsável política, sinto a importância da causa da educação e por ela me bato, diariamente.
Mas esta não poderá ser apenas uma preocupação do Ministério e da instituição escolar. É também uma tarefa da família e dos próprios alunos e estes não se podem limitar a exigir, devem também assumir as suas responsabilidades no processo educativo, seja acompanhando de perto o percurso escolar dos seus educandos, seja estudando, com seriedade e rigor.
Sobretudo em tempos de crise, a educação nunca poderá ser desvalorizada. Nem pelos responsáveis políticos, nem pelas famílias, nem pela sociedade em geral. Porque uma comunidade será tanto mais desenvolvida quanto mais bem preparada for e um cidadão será tanto mais feliz quanto mais vasta for a sua cultura e mais sólida a sua sabedoria.
A valorização do bem mais precioso de um País, os seus cidadãos, terá de ser, portanto, cada vez mais, um desígnio nacional que a todos deve mobilizar. Independentemente da retórica, mais ou menos demagógica...

Rosa Maria Arezes
13.05.2013
in Diário do Minho